quarta-feira, 28 de outubro de 2009

CASA COR: UM PASSEIO PELOS SENTIDOS

As 15 peças que compõem a mostra foram confeccionadas por artistas que vivem na região do Cariri

Rosa Sá
rosa@opovo.com.br
28 Out 2009 - 01h12min
Descubra a importância dos sentidos para a percepção do mundo. O chamado é da exposição de artes plásticas e artesanato Formas Invisíveis: Um Mergulho nos Sentidos, que o Serviço Nacional do Comércio (Senac), unidade do Crato, levou ontem ao espaço nobre da Casa Cor.

A proposta da mostra, que ficou aberta das 16 às 22 horas, consistia em levar as pessoas para visitar as 15 peças expostas apenas sentindo seus diferentes formatos e materiais. Por isso, cada visitante que chegava tinha os olhos vendados e era guiado por entre as obras confeccionadas em madeira, argila, sisal, cabaças e buchas por rapazes portadores de deficiência visual.

A aposentada Zuila Dias, 57, e a economista Leya Spada, 32, respectivamente tia e sobrinha, fizeram a experiência. Leya saiu dizendo que achou sensacional tentar reconhecer os objetos apenas com o tato, porém teve receio de topar ou derrubar alguma coisa, o que a fez refletir sobre dificuldades que os deficientes visuais enfrentam no dia-a-dia. Zuila, por sua vez, disse não ter sido difícil identificar as formas e os materiais, mas se sentiu insegura ao ser conduzida por alguém sem visão em um ambiente escuro e desconhecido.

Conforme Cícero Carlos Oliveira Silva, curador da mostra e articulador do programa Deficiência e Competência do Senac no Crato, a iniciativa visa incentivar a inserção dos deficientes no mercado de trabalho, mostrando do que são capazes. Ontem, quatro rapazes cegos foram convidados a participar da iniciativa recebendo uma gratificação pela prestação do serviço. O projeto já foi apresentado no Crato, Juazeiro do Norte e Brejo Santo. Todos os trabalhos são de artistas do Cariri.
http://www.noolhar.com/opovo/fortaleza/922967.html

Acessibilidade: pessoas com deficiência visual são guias na exposição Formas Invisíveis


Quem foi que disse que para ver é preciso enxergar? Na exposição "Formas Invisíveis, um mergulho nos sentidos", que ocorreu ontem, na Casa Cor Ceará 2009. Os visitantes puderam ter uma experiência que comprova o contrário. Com os olhos vendados e os pés descalços, e guiados por deficientes visuais, os participantes perceberam que basta apenas ouvir e tocar para poder sentir verdadeiramente as coisas ali expostas.

Em vez de apreciar as cores e as formas de uma maneira visual, a ordem era tocar, cheirar e escutar, puxar na memória as formas que lá estão guardadas, e assim viajar no universo dos sentidos. As peças feitas dos mais diversos materiais eram, aos poucos, reveladas. Umas em irmãs siamesas feitas de madeira, outras em jogos de chá de argila, algumas em serpentes de sisal e papel.

A jornalista Fernanda Aires, no começo, sentiu um certo estranhamento, mas depois relaxou e achou a iniciativa bastante significante. "Pude ter a noção, durante o tempo da visita, de como é descobrir as formas e belezas dos objetos sem vê-los".

O massoterapeuta Francinaldo dos Santos, 35 anos, era um dos guias da exposição. Cego há dois anos, perdeu a visão devido ao glaucoma. Ele conta que essa iniciativa promove a inserção dos deficientes físicos na sociedade e dá a oportunidade de as pessoas perceberem que, muitas vezes, o homem é o que ele sente. "Mostramos para o grande público que as mãos também podem ler e fazer sentir", disse.

Um dos coordenadores da mostra, Cícero Carlos Oliveira da Silva, explicou que a exposição está em sua quinta edição e que, desde 2005, ela busca a valorização dos deficientes.

http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=684524

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Biblioteca e a Pessoa com Mobilidade Reduzida

















Como você reagiria se fosse privado de entrar em algum local? Vamos abordar aqui o direito de ir e vir no ambiente construído, neste caso a Biblioteca. Um dos obstáculos que mais atrapalham são as escadas e a falta de rampas para acesso direto ao local desejado. Na charge torna-se inviável entrada da jovem na Biblioteca, porque não foi aplicada a norma da ABNT 9050 de 2004 que trata da acessibilidade. Que nós possamos refletir e nos posicionar quando encontrarmos um local sem livre acesso.

sábado, 17 de outubro de 2009

II Seminário Latino Americano e Caribeño de los Servicios Bibliotecarios para Ciegos y Debiles Visuales e VI SENABRAILLE. João Pessoa - 20 a 23 nov



Confira as informações do evento super-importante para as Bibliotecas que possuem atendimento direcionados às pessoas com deficiência visual e disponibilizam acervo em braille. http://www.sbcdv2009.com/

Valorizando as Pessoas com Deficiência



Pessoas com deficiência são lembradas mais uma vez. Em reportagem ao vivo realizada no dia 16/10 por Paulo Ernesto, para o Bom Dia Ceará da TV Verdes Mares Cariri, filial da Globo. Articulador do Programa Deficiência e Competência do Crato (Carlos) menciona as ações inclusivas. Confira a matéria:

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Biblioteca Nacional - PARTE I


Como aluno do Curso de Biblioteconomia, era meu desejo um dia, conhecer a Biblioteca Nacional situada no Rio de Janeiro que guarda a memória de meu país. Fui apresentar um artigo no XXXII ENEBDRIO onde tive o prazer de ir até a BN duas vezes. Dia 10 de julho ao entrar no rol me deparei com aproximadamente 40 alunos da Faculdade de Biblioteconomia e Ciência da Informação de São Paulo. Como eu não tinha agendado a visita fui barrado imediatamente. "Volte ao meio dia e poderá ter acesso!" disse o atendente. Pensei cá com os meus botões: vou entrar é agora. Imediatamente me fiz conhecer pela professora, que agora não lembro o nome, e pedi que desse um sorriso e solicitasse a minha inclusão com a turma paulista, dito e feito, a Dio, como disse ser chamada, aluna da Biblioteconomia, muito gentil guardou minha bolsa no seu espaço do guarda volumes. O guia Dario, bem humorado nos apresentou detalhadamente da 10h até aproximadamente 17h todos os espaços da Biblioteca. Começamos pela entrada onde as portas, corremãos, vidraças tudo proveniente da europa. O cheiro forte de naftalina nos dava as boas vindas num corredor apertado. Passamos pelo centro de digitalização, ambiente escuro, onde milhares de imagens são capturadas várias vezes para guardar a memória de obras que poderão ser perdidas pelo tempo, conhecemos o Núcleo de Qualidade, Setor de Pesquisa e Preparo de músicas, jornais e filmes, lá encontrei estagiários da UNIRIO e temporários que prestam serviços. Aprendi como a sinalética (informações de cada obra) ajuda na preparação da microfilmagem. Um jovem reorganiza as páginas de um livro de 1530 escrito em grego, ele veste luvas de algodão. Depois de ver películas e mais películas sendo microfilmadas conheci o Centro de Conservação e Restauração, aqui tenho muitas coisa para partilhar, mas fica para um outro momento.